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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ter fé



Ter fé.

Esta frase pode parecer etérea para uma série de jovens espíritos caminhantes da jornada eterna do espírito imortal.

Talvez para aqueles que ainda se vêem acorrentados à matéria, tanto ao enaltecimento dos defeitos concretos dos julgamentos alheios, quanto às desilusões criadas pelas paixões do mundo físico, a decepção é iminente. Quando os preceitos da vida terrena, se tornam valores arraigados no âmago do ser, uma distorção se estabelece no espaço-tempo do micro-cosmo ocupado por este ser. No estágio evolutivo daquela existência serão característicos os cinco sentidos mais comuns aos seres humanos, o toque, a visão, o olfato, o paladar e a audição. Então tudo aquilo que é invisível se torna impossível de ser sentido. Uma barreira energética intransponível, de vibrações indesejáveis, muitas vezes até negativas, pode bloquear as vibrações de benfeitores e espíritos do bem, atrasando a harmonização e a evolução.

Todavia para tantos outros que já navegam nas naves da esperança, embalados pelas correntezas das forças do bem, a fé é a luminária que se acende na escuridão das incertezas, dos abandonos, das traições, das dores do corpo e da alma, àquelas que se apresentam como monstros marinhos emergentes do fundo do mar no decorrer das rotas dos bravos marujos de coração pulsante e lutador.

Nobres são estes corações que se embalam no trabalho silencioso da paciência. Perenes são as energias armazenadas nas pilastras que sustentam a fortaleza destes seres, que se estabelecem como cimentos duradouros na perseverança e vedam as rachaduras em rochas duríssimas. É toda uma humanidade, portanto, que já se desembesta nos campos floridos das esferas espirituais, lutando contra a amargura e a desconfiança, contra o orgulho e a vaidade, contra o desânimo e o egoísmo. Esta falange é forte o suficiente para suportar quando surge um mal, dito incurável, ou realmente incurável, ou então desfalece um ente muito querido. O lutador não deixa de chorar e ranger os dentes, mas certamente compreende que a dor física momentânea, se avaliada como oportunidade de crescimento espiritual, se transformará na alegria eterna no campo do intangível.

Entretanto, apesar dos que propagam o contrário da transição planetária para a regeneração, ou seja, que o mundo vai acabar, que a humanidade não tem jeito, que os governos são cada vez mais corruptos, que a guerra é iminente, propõe-se aqui o remédio incontestável: Jesus, o nosso mestre singelo e amoroso. Ele é a expressão viva da fé.

É fato portanto perceber que se agigantam as fileiras dos viajantes universais do amor, em número cada vez mais e evidentemente crescente. A cada dia percebemos que a obscuridade, a injustiça, a discórdia, a ganância, a violência, entre outros preocupantes substantivos, será fadada ao fim. Pois a cada tempo, milhões e milhões, já são os militantes da seara de consoladores, que se encarregam de encorajar os que lutam diante das suas provas e expiações. A fé verdadeira se assemelha ao amor puro, pela nobreza do sentimento que exala.

Mesmo que pareça impossível transpor o muro das provas e expiações que se apresenta depois de exaustiva caminhada de estudos e trabalhos, a fé é como um oásis que surge no horizonte no meio do deserto tórrido. Com ela no peito, logo se vê uma imagem turva diante da visão, tendendo a esfregar-se os olhos e arregalar-se os mesmos, novamente, para se ter certeza do que se vê. Com fé, o que se vê são rios de leite e mel, como o exposto nas escrituras. Por que suave será o jugo e leve o fardo do que crê (Matheus 11: 28-30).


Só quem sabe exatamente o que vive, pode mensurar seu esforço no bem. Então, para o que persevera na reforma íntima, logo perceberá que os degraus íngremes de outrora, parecerão ter a espessura de delicadas folhas de papel de arroz. E tais degraus serão vencidos com mais facilidade na escada da vida.

A fé é um travesseiro de plumas para o descanso da cabeça do viajor. Um presente de aniversário na festa do Senhor, onde a água se transmutará no mais puro vinho.

Decerto que os planetas mais evoluídos do cosmo reivindicarão o bom trabalhador que suporta com firmeza os dissabores da vida. Neles a serenidade que a fé plena proporcionou, construirá o alicerce que dignificará o homem cada vez mais sábio. E em sua fronte, que se enterneceu pela compaixão aos sofrimentos dos seus irmãos, as rugas formadas no tempo das reencarnações, se tornarão um verdadeiro exemplo de beleza espiritual a ser seguido.

Oh, homens e mulheres de fé, exemplos de perseverança nas adversidades, fortalezas nas lutas, agradeço a cada dia as suas existências! Certamente seus ensinamentos se tornarão o espelho que encontrei para começar a me enxergar como um ser pensante e orientar a busca do auto-conhecimento da minha alma.

Aos que estão passando por algum momento de decisão difícil, ou dor dilacerante e necessitam de consolo sugiro a prece.

Confiem! Sempre! "Está tudo certo." como diz um amoroso amigo.

Que Deus traga luz e paz aos semeadores de fé e da esperança na vida dos homens.

Shalom!

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