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domingo, 1 de dezembro de 2013

Oração de um trabalhador da última hora


Pai Celestial, Criador do Universo infinito e das Leis que o regulam, através das quais as mínimas estruturas 
idealizadas, com o decurso das eras incontáveis, aos poucos se apuram até chegar ao patamar de seres de magnífica evolução, confundidos, muitas vezes, pelos homens e mulheres primitivos, com Você mesmo, Pai Amorável, tal como acontece a Jesus, nosso Governador, escolhido pelas próprias qualidades intelecto-morais nunca igualadas por nenhum humano que habitou nosso mundo. Sua Vinha, sabemos, representa a oportunidade de sairmos da posição de crisálidas espirituais e nos transformarmos em falenas dignas do pincel de Rafael ou Leonardo da Vinci, através do auto aperfeiçoamento, em seguidos e inumeráveis dias de trabalho. Todavia, Pai Amado, se hoje estamos empregando relativamente bem o benefício do tempo na labuta engrandecedora, não podemos deixar de analisar o passado de trabalhadores de má vontade, quando inutilizávamos as ferramentas que nos eram disponibilizadas ou até as empregávamos para depredar a Vinha ou agredir os companheiros de trabalho, pretendendo, muitas vezes, uma hegemonia impossível e injusta sobre uma extensão do terreno que não nos pertence. 

Lendo esta belíssima prece resolvi pesquisar e encontrei no Fórum Espírita na internet um trabalho também muito interessante. Uma representação em quadrinhos da parábola do trabalhador da última hora. E junto uma análise bastante louvável que resolvi reproduzir com os devidos créditos. E como desejava o autor destas ilustrações, Marcello, no Fórum Espírita:

Muita Paz! Bom estudo!

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Marcello explica:

"Das parábolas evangélicas, algumas são de compreensão relativamente fácil, como a do bom samaritano (Lc 10:25-37) ou a do semeador (Mt 13:1-9), que o próprio Jesus explicou aos discípulos (Mt 13:18-23). Outras, porém, trazem dificuldades interpretativas consideráveis, exigindo mais meditação e maior familiaridade com o conjunto da doutrina cristã para que um sentido razoável seja alcançado. Dissemos um sentido, porque a riqueza alegórica dessas estórias contadas pelo Mestre em geral deixa aberta a possibilidade de diversas interpretações.

A parábola dos trabalhadores da última hora seguramente pertence à classe das parábolas “difíceis”, já que compara o reino dos céus, onde tudo é justiça, com uma situação aparentemente injusta: a remuneração igual a jornadas de trabalho desiguais.

Não obstante essa dificuldade central, a parábola contém, felizmente, alguns pontos mais ou menos claros, com os quais devemos principiar nossos esforços interpretativos. Trata-se de várias “pontes” que ligam os elementos da estória com o reino dos céus:

o pai de família - Deus 

a vinha – o Universo

os trabalhadores – os seres humanos

o trabalho na vinha –o trabalho no bem

as horas – qualquer período de tempo

o salário – a felicidade"

Embora nem todas as ligações sugeridas sejam triviais, acreditamos que sejam as que mais naturalmente ocorrem a quem se dedique a entender o texto evangélico. O sentido geral do ensinamento é que é difícil de apreender, dado o aparente conflito da idéia de um Deus justo com o modo pelo qual o senhor da vinha remunerou os trabalhadores. Logicamente, só temos duas opções para eliminar o conflito: ou supomos que Jesus de fato pretendeu caracterizar Deus como injusto; ou revemos nossa impressão inicial, de que o comportamento do senhor da vinha foi injusto. Ora, como a primeira alternativa é insustentável, face ao conjunto dos ensinamentos cristãos, temos de desenvolver a segunda opção. Para tanto, comecemos atentando para o seguinte:

O pai de família pagou aos trabalhadores da primeira hora exatamente o valor combinado, de modo que não os prejudicou, como ele mesmo lembrou quando eles se queixaram; 

Quanto aos demais, a parábola nada diz sobre acerto de salário, sugerindo-nos que os trabalhadores aceitaram a oferta de trabalho sem pré-condições; 

O próprio senhor da vinha justifica sua ação, dizendo que foi um ato de bondade: o denário que mandou dar aos que foram convocados mais tarde seria, pois, parte remuneração pelas horas que trabalharam e parte auxílio espontâneo. 

Assim, quando consideramos os casos separadamente vemos que em suas relações com cada grupo de obreiros o senhor nada fez de errado.

Mas mesmo nos termos em que a questão é colocada no item (c), ficamos incomodados com o fato de que o senhor distribuiu o benefício-extra desigualmente: quanto mais tarde chegaram, menor a parcela do denário correspondente à remuneração, e portanto maior a que representaria o auxílio.

Talvez seja útil transpor a questão para situações de nosso dia-a-dia. Quando saímos pela rua e damos esmolas desiguais a dois pedintes estaremos sendo injustos? Quando contribuímos, em trabalho ou dinheiro, com duas instituições de caridade, porém em maior medida a uma do que à outra, é injustiça?"

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/trabalhadores-da-ultima-hora-39758/30






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