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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Criamos a Realidade com os nossos pensamentos
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(Matéria da revista Science) 
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O pesquisador Joe Dispenza estudou bioquímica na Universidade de New Brunswick (Nova Jersey) e fez doutorado em Quiropraxia na Life University, em Atlanta (Geórgia).
Salas lotadas em suas conferências na Europa e nos Estados Unidos onde ele explica de maneira fácil como podemos mudar.
Ele esclarece como é que os pensamentos provocam reações químicas que afetam a saúde e cria a realidade do indivíduo, ou seja, cada um cria a sua própria realidade a partir dos pensamentos. Ele estudou por décadas a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar a mudanças e alterar os circuitos de conexão de todos os neurônios.
Ele é um exemplo vivo de sua própria investigação sobre como o cérebro é o melhor de todos os computadores. Aos 24 anos ele sofreu um grave acidente que afetou sua vértebras torácicas. Previram que ele ia ficar a vida numa cadeira de rodas. Ee decidiu não fazer cirurgia, mas testar em si mesmo a capacidade de regeneração do seu próprio corpo. O co-autor do filme recorde de bilheteria Bleep Do We Know, que trata do poder de escolhermos, em junho realizou um workshop na Universidade de Barcelona, baseado em seu livro Desenvolva seu cérebro. 

Entrevista: 


Alguém discute com seu parceiro e termina com: "Eu sou assim mesmo, eu não posso mudar." O que você diria?

Isso não é verdade. Formam-se uma série de reações químicas no organismo que fazem você acreditar que não pode mudar, mas as evidências científicas mostram exatamente o contrário. Esqueça a ideia de que o cérebro é estático, rígido e imutável. Sim, nós podemos mudar a partir do nosso pensamento. 

Como?


Mudando o pensamento. O disjuntor que provoca a mudança é a vontade, porque ela vai desencadear uma nova informação neural. Mudar é pensar de forma mais ampla, além de seu próprio ambiente. É se conectar a uma intenção real, a uma ideia que já existe no campo quântico de possibilidades. É acreditar nesse futuro, ainda que não seja percebido através dos sentidos físicos, mas que lá no fundo você enxerga uma possibilidade. 

Por que é tão difícil mudar?


Porque reações emocionais são muito viciosas. Você pode dizer a si mesmo que não gosta de seu trabalho ou de seu relacionamento, que não gosta de qualquer coisa que você faz e tem em sua vida. Mas isso não é verdade, isso é apenas uma emoção que a mente tem memorizado para reafirmar a sua identidade; o ambiente que você vive é o reflexo do que você tem em seu interior em termos de pensamento. Estas reações químicas alteram nossa percepção da realidade e impedem a entrada de quaisquer outras informações em nosso cérebro químico. Para mudarmos, devemos romper essa crença, deixar de acreditar nas coisas que te incomodam e passar a pensar sobre elas, e dizer: "isso não precisa ser assim, eu vou mudar isso tudo para a forma como eu gostaria que fosse". Pronto, comece a viver diferente e seu cérebro e a metilação no seu DNA vão responder ao comando que você deu a eles, mudando tudo em sua vida. O DNA pode mudar por um fenômeno chamado metilação, que é o comportamento e a expressão de um gene a partir de sua interação com o meio. Quando um gene age sob a metilação, você pode ter características genéticas novas, como é o caso de mudar seu pensamento e sua relação com tudo em sua volta, mudando seu entorno e sua vida; por outro lado, se a metilação ocorrer para atender um pensamento inapropriado, podem surgir doenças que não estavam em sua carga genética, expressando a metilação através de patologias para as quais você nem tem herança genética; quantas pessoas apresentam diabetes, hipertensão, Alzheimer, fibromialgia, asma e nunca tiveram histórico familiar dessas enfermidade? Inúmeras; a isso se chama metilação, que é uma característica genética advinda do teu sentimento em relação a si mesmo frente ao mundo. Sinta-se forte, poderoso, capaz, independente e então você o será, pois seus genes terão uma metilação de saúde sucesso e não de doenças e nem de fracassos ou dificuldades. Você é quem deve comandar e não ser comandado pelos genes. 

Mas nem sempre é fácil para todos mudar os pensamentos (e você não precisa ser um destes que pensa assim). A primeira coisa a fazer é observar o que você pensa e relacionar esses pensamentos com o que ocorre em sua vida. Assim, você comprova e vê refletidos em sua vida quotidiana os efeitos que você criou com cada um dos seus pensamentos. 

Por há medo de mudar?


Porque isso significa mover-se de uma situação confortável e previsível para uma outra ainda desconhecida. A maioria das pessoas sonham em realizar algo novo, mas não agem, e permanecem apenas com a ideia na cabeça, esperando cair do céu. Devemos pensar em algo bom e então fazer acontecer o que pensamos de bom para nós. Como podemos realizar novos projetos se nos apegamos ao que nos é mais familiar e vivemos com as ideias velhas fixas? Para experimentar algo novo, temos de assumir o risco e deixar o território do previsível para entramos no reino da incerteza. Quem planeja e vai em frente alcança o que quer, SEMPRE. 

O que se deve mudar para criar uma nova vida?


Tem que se mudar não só o que se pensa e faz, mas também o sentimento realacionado a isso. Você não pode esperar acontecer algo diferente em sua vida se você tem os mesmos pensamentos velhos e faz as coisas com as mesmas emoções antigas dos outros dias. Ponha emoção nova em sua vida!
Se mudarmos a interpretação da nossa realidade, o nosso cérebro trabalhará com novas sequências e padrões novos de conexões neurais. E isso é o que muda a mente porque a mente é o cérebro em ação. 

A neurociência pode demonstrar que os pensamentos criam o caminho?


O modelo neurocientífico diz que podemos mudar a qualquer momento de nossas vidas. Mudamos o nosso cérebro com cada novo pensamento, com cada nova experiência, com cada sonho que perseguimos. O ingrediente principal é a informação, o conhecimento. Toda vez que aprendemos algo novo nós adicionamos uma nova conexão no cérebro (aumentamos seu poder de processamento e a velocidade das conexões). 

Como podemos ensinar as crianças a não serem pessoas fixas, mas sim a viverem acreditando e realizando mudanças?


O primeiro é ensinar-lhes a inteligência emocional, ensinando elas a controlar suas emoções e dizer que as emoções são o que somos. Em segundo lugar, não devemos ensinar alguma coisa que não somos capazes de fazer. As crianças prestam mais atenção ao que fazemos do que naquilo que dizemos, porque elas têm mais ativos no cérebro um tipo de neurônios chamados neurônios-espelho, que levam as crianças a copiarem o que fazemos. 

Se você quer concordar com a mudança, mostra o quanto versátil você é, e assim elas serão independentes. Terceiro, não tente argumentar com as crianças durante uma reação emocional delas, porque você será deixado sozinho por elas. Você deve permitir sua liberdade de reação e fazê-las saber que elas estão sendo observadas. Só depois de um tempo você deve conversar sobre o que elas podem mudar em si mesmas e também você deve criar o ambiente para que elas possam começar a ver quem elas são, sem julgar-lhes. Então você pode lhes perguntar o que elas fariam de diferente se viveram a mesma experiência de novo. Dessa forma, elas começam a mudar sua mente e seu corpo muito além da experiência atual. E passam a ter confiança para começarem a expandir seu próprio potencial e realizarem mudanças em sua mente e em suas vidas. 

A cada momento vivemos o que criamos com nossos pensamentos?


Definitivamente sim. Nós somos os criadores de nossas realidades. O problema é que na maioria das vezes são os nossos pensamentos inconscientes que criam essa realidade. São programas executados sem a nossa consciência tomar conhecimento. Estes programas (condicionamentos) imprimem em nosso cérebro certos comportamentos, pensamentos e reações emocionais mecanizadas, como se fôssemos robotizados e programados para reagirmos sempre da mesma forma; mesmo que nos arrependamos do que fizemos, vamos repetir novamente o erro diante de uma emoção desregulada (veja o caso do ciume, do medo infundado, da ira desgovernada e da timidez desnecessária que levam as pessoas a permanecerem repetindo e se arrependendo da mesma atitude; são pessoas que não percebem que agem de forma robotizada). Estas são aquelas pessoas que aceitam deixar a química os comandarem para agirem sempre da mesma maneira. 

Mas ninguém quer viver uma doença ou um acidente, por exemplo. Mesmo que esse alguém não crie esse acidente ou doença conscientemente, é provável que inconscientemente, ao pensar quão ruim é sua vida e o quanto está sofrendo, ou como se sente triste e quanta dor tem dentro de si... crie em seu subconsciente, um reforço para as emoções de dor e sofrimento, e isso se reflete no exterior, em sua vida, através de um acidente ou de uma doença. Há algo muito importante: nunca devemos culpar a nós mesmos por nossas criações, pois tudo é aprendizado. A culpa nos deixa pior. Nunca se culpe, procure fazer melhor nas outras oportunidades. 

A chave é mudar o estado emocional...


As emoções são experiências que o corpo armazena. Se uma pessoa está vivendo com as mesmas emoções todos os dias, é que nada de novo está acontecendo. O organismo acredita que está vivendo a mesma experiência ao longo do dia. A permanência da pessoa neste mesmo ciclo condiciona o corpo a estar lendo o passado ao invés de ler o momento presente, e as pessoas, com seus pensamentos fixos, sempre retorna para o passado, porque a emoção está ligada ao passado (veja o caso de pessoas que estão todos os dias com os mesmos problemas, seja de saúde, social ou financeiro). Quando uma pessoa quer mudar e tenta pensar em um novo presente, suas emoções impregnadas por anos querem levá-la de volta ao passado. Por isso é tão importante mudarmos o nosso estado emocional e já ir tendo novas atitudes e confiar que fará tudo de acordo com o bem planejado intento novo. 

As doenças, as crises, as perdas devem ser vistas como um trampolim para a mudança?


Esses traumas e tais crises são, na verdade, um catalisador para a mudança. A maioria das pessoas requerem um estado de sofrimento para decidirem uma mudança. Mas também podemos mudar para um estado de bem-estar e alegria através do processo de sonhar uma nova vida, sem precisarmos de sofrer. Quem conhece, faz, e não espera cair do céu, de lá só cai chuva.....risos). O nosso destino não está escrito nos genes. Nós criamos nosso destino através dos nossos pensamentos e ações. 

Qual é o maior fator de desencadeamento da doença? 


Entre 75% e 90% dos ocidentais vão ao médico devido stress emocional. São emoções que se escondem atrás do estresse mas que são na verdade a raiva, a frustração, o ódio, o julgamento, a dor, o sofrimento, a culpa, o desespero, o medo, a ansiedade, a impotência e a insegurança não analisados pela pessoa que os sente... Se você estiver enfrentando um desafio, o corpo cria uma série de reações químicas para mobilizar esta energia. Essencialmente, os pensamentos e emoções podem nos adoecer, mas se podem nos fazer mal, podem também nos curar. 

Os seres humanos sabem que querem mudar, mas muitas vezes não têm evidências do que eles querem ser ou fazer. 


That's right (está certo). Quando você não sabe o que você quer ser ou fazer, você deve primeiro decidir o que não quer ser para sempre, e pense no que não quer sentir e como não quer agir e também no que não quer pensar repetidamente. Você deve começar a criar e reinventar a si mesmo, quebrar o hábito antigo e reaprender. O pensamento positivo não é suficiente, você tem que ir dentro de si mesmo e começar a desconstruir o hábito velho.
Vou dar um exemplo: você quer ser advogado, mas não tem dinheiro para pagar a faculdade e por isso não presta vestibular, pois acha que não dará conta. Isso é um hábito velho: pensar na sua incapacidade. Para criar um hábito novo você deve experimentar fazer! Faça o seguinte: se matricule na faculdade de direito, inicie o curso e vá em frente sem medos e receios, tenha apenas a intenção ardente de fazer e concluir seu curso (ou comprar sua casa, seu carro...). O dinheiro vai aparecendo, porque quando a gente quer, a coisa acontece. Já vi milhares de pessoas de origem humilde, filhos de lavradores, lavadeiras, domésticas e braçais se transformarem em grandes médicos, engenheiros, artistas, simplesmente porque iniciou fazer o que queria e o Universo vai dando os recursos para que o objetivo seja concretizado. Experimente começar a fazer algo e você verá que concluirá com louvor. Parabéns! 

Você teve um acidente muito grave em sua juventude, e os médicos disseram-lhe que não voltaria a andar. Por que você criou esse acidente e como o venceu? 


Aos meus 24 anos vivia uma vida de sucesso que eu pensava estar completa. O acidente foi provavelmente uma das maiores bênçãos da minha vida, porque me levaram a reavaliar meus valores e começar a pensar sobre as minhas prioridades. Quando você fratura gravemente seis vértebras espinhais e tem fragmentos ósseos dentro da medula espinhal e quatro médicos dizem que você nunca vai andar de novo, você não vive mais uma vida normal. Eu vim a entender os princípios universais, que antes me pareciam pura teoria filosófica.
Me aconselharam a operar, mas decidi não fazê-lo e sim experimentar o que eu sentia, ser coerente com o meu pensamento. Eu acreditei que o poder que cria o corpo, também cura o corpo, a base da filosofia e da quiroterapia. Há uma inteligência em cada ser humano que lhe dá a vida e o funcionamento biológico, e eu me conectei com esse entendimento em todos os momentos, fazendo nada mais do que dedicar-me á minha própria cura. Eu não poderia imaginar minha vida com ferros nas costas e viver sempre com drogas medicamentosas. Eu queria dar a essa inteligência um plano muito específico e que ela iria fazer o melhor para mim. Os átomos não são nada em 99,999% de sí; eles não são nada material, mas são apenas uma potência energética. Essa inteligência energética, que é o átomo, organiza tudo. Quando eu comecei a notar mudanças no meu corpo, mudanças físicas, eu prestei muita atenção no que ocorria nele, e então, com minha mente, eu repeti isso até que a repetição deste processo começou a curar mais ainda o meu corpo. 


A repetição é a base para criarmos nossa realidade melhor?


A grandeza é acreditar nesse futuro que existe além dos nossos sentidos físicos e mantê-lo vivo em nossas mentes até que o evento realmente aconteça. Nós não criamos as coisas, porque não acreditamos que podemos fazê-lo! As pessoas não percebem que os pensamentos produzem imensos efeitos em suas vidas (é o que nos mostram os bósnios, partiículas subatômicas que se alteram pelo pensamento de alguém). Elas até podem ter alguns pensamentos ligados a um estado elevado de emoção, mas só por uns15 minutos por dia! Então se perguntam: "Porque a mudança ainda não aconteceu?". É porque nas outras 23 horas e 45 minutos, sua mente está vagando em todas as outras direções: estão irritadas, negativas, julgando os outros. Para agirmos sobre a realidade temos que chegar a estados superiores de consciência e deixar vir as emoções nutitivas, como a gratidão, a alegria, a apreciação e a valorização das coisas. A dificuldade é como chegar a esse ponto, porque a mente analítica vai dizer: "Por que eu deveria dar graças ou ser feliz se não estou ainda?". Esse é o velho modelo de pensamento. Muitas pessoas, secretamente, crêem em seu próprio poder, mas nunca escavam a fundoo para saberem realmente o que querem.; e quando sabem, não iniciam realizar. Aja, vá em busca, comece a fazer. Se você quer um carro, vá na concessionária e converse como pode comprar; se queres uma casa ou apartamento, vá na imobiliária. É assim que se cria: iniciando fazer. Nada cai do céu! 

Você aconselha a meditação (sentir seu EU) neste processo?


A meditação é o primeiro passo para trazer a mudança. É uma técnica ensinada a observar os pensamentos e acalmar a mente. Te leva a entender onde você está e mudar a ti mesmo, porque muda a relação entre mente e corpo. Nesse estado de ser, onde só há consciência, estamos produzindo um campo eletromagnético que afeta a mudança. Depois de meditar é impossível ter mau humor. A meditação é enxergar a você mesmo; podemos meditar até mesmo dirigindo. 

Qual o efeito que o silêncio mental cria nas células?


O lobo frontal do cérebro (terceiro olho) é a mais moderna porção do nosso sistema nervoso. Quando nossa mente superior controla nossa parte primitiva, o cérebro muda fisiologicamente. Nas experiências com os monges budistas meditando, foi confirmado que os lobos frontais realiza esse controle sobre o cérebro animal e acalma as outras regiões deler, resfria as células do cérebro que têm a ver com o tempo e o espaço, com o corpo e nossa identidade. Portanto, nada é processado nesse momento. Chamamos isso de paz. Através do silêncio deixamos de ser alguém com opiniões ou julgamentos e passamos a ser um campo quântico harmônico. Na atualidade, a maioria da humanidade está disposta a alcançar este domínio e o busca. 

Se o mundo é um reflexo do que acontece com as pessoas, poderia se dizer que os seres humanos estão vivendo uma revolução a nível celular? Estamos em um momento na história da humanidade em que a mudança tem que acontecer. Mas para acontecer algo novo, o velho deve morrer. Muitos paradigmas estão obsoletos e ultrapassados: os modelos políticos, econômicos, ambientais, religiosos e de saúde ... O ser humano deve começar a fazer perguntas mais importantes e parar de acreditar em superestruturas politicas e super-heróis religiosos (Papai-Noel, e bons anjos ou santos não virão deixar nada debaixo de tua cama. Quem deixa presentes debaixo da cama são os pais, entenda isso)... É tempo das pessoas serem donas de si mesmas e não entregarem mais seus destinos nas mãos de lideres religiosos, politicos, governantes ou quem quer que seja. Quem espera, perde o tempo. Controle você mesmo o tempo, faça acontecer na hora em que você bem quizer. 

Por falta de liderança política é que estão a perpetuar as velhas estruturas?


As emoções que a maioria de nós temos e que criam estas situações de egoísmo que falamos, infelizmente são as mesmas que têm os nossos líderes. Você não pode dar a "paz do senhor" em uma igreja e depois sair pisando nos outros devido a pressa de sair porque você está impaciente. Esta é uma típica oposição entre mente e corpo, não há coerência entre o que você diz, o que você faz e o que você pensa. 

Se há uma idéia comum, uma rede de pensamento em que todas as pessoas estão unidas, estes pensamentos podem criar novos líderes? 


A substância que une as células e todo o universo é o respeito e a gratidão. Em um neurônio se pode observar como uma certa quantidade dessa substância desconecta velhos padrões de pensamento. É quando começamos a tomar as decisões que consideram o todo. Primeiro você tem que sentir amor por si mesmo e, consequentemente, nós amamos todo o resto. Se não gostamos de certas coisas, devemos eliminá-las antes de tudo de nós mesmos. 

É possível que a atual crise se materialize porque muitas mentes criou com seus pensamentos?


Como cientista, eu digo sim, obviamente! A crise tem sido criada nas mentes de todos os povos. 

Como é o cérebro de um homem consciente?


Você terá muito mais conexões sinápticas se comunicando umas com as outras sobre as informações que contêm os neurônios. Vamos ver o cérebro funcionando de uma forma mais coerente de pensar, com transmissões neurológicas muito mais rápidas. O lóbulo frontal estará inteiramente conectado com o subconsciente, e teremos neurotransmissores sequenciados desde a glândula pineal, que irá melhorar a nossa percepção da realidade. Talvez algumas pessoas estão à beira de uma mudança potencial em seu cérebro. Tudo o que sabemos é que você não pode esperar para que a mudança ocorra. Você tem que agir sobre ela. Deus não escolhe nada, você é quem cria e escolhe a sua realidade. Se você esperar cair do céu, vai continuar do jeito que está: ESPERANDO. 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Kardec - Um emocionante mergulho na vida do codificador da doutrina espírita

Hoje depois de dois anos de silêncio venho novamente às páginas deste cantinho de paz e reflexões. Estou de volta, Para dar continuidade à missão de levar um pouco de conhecimento e informações para as pessoas. Humildemente, e alegremente, escrevo estas linhas. O que me trouxe de volta foi a emoção. Muitas foram as lutas. E as reflexões. Ontem fui assistir finalmente o belo trabalho do diretor Wagner de Assis sobre o livro de Marcel Soto Maior, fruto de pesquisa espetacular. Esta obra me fez cair às lagrimas várias vezes. E o ponto alto foi ver o personagem Allan Kardec chorando copiosamente ao perceber que estava diante do mundo espiritual. Aos poucos foi percebendo que somos imortais em espírito, em busca eterna da evolução, lei divina, através da reencarnação. Mas somos susceptíveis ao fracasso caso não aproveitemos cada oportunidade. Mas a mais emocionate foi a chegada de Ermance Dufaux, médium de grande louvor que auxiliou o professor Rivail na sua missão de codificar a doutrina espírita. O mais interessante foi perceber a mulher distinta e amorosa que esteve ao lado do mestre. A Madame Gabi, que amava muito seu marido, foi o marco de suporte e força nos momentos difíceis da jornada do professor corajoso. Bom, deixo as impressões para meus possíveis e anônimos amigos que possam ver estas tropegas linhas. Bom filme.


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A força reparadora do Ho'oponopono


O primeiro contato com a maravilha do Ho'oponopono foi em 2016. De lá para cá, muitas experiências e muito aprendizado. Qualquer dia desses relatarei cada uma delas. Mas meu propósito aqui é simplesmente pedir perdão, perdoar, amar e agradecer. Estas são as quatro mágicas preces que unidas geram uma poderosa linha de força de pensamentos em prol da paz. A paz interna, a paz externa. Vou explicar, mas do começo.

Uma noite dessas em uma das inúmeras e maravilhosas jornadas terapêuticas recebi as quatro frases:

Eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato!

E fui embora com aquelas palavras reunidas em um só pensamento: paz!

Somente em outra dessas noites tive a lembrança de perguntar. "O que significa?" E recebi uma breve aula sobre o Ho'oponopono, tradição antiga havaiana. 

Segundo o site wikipedia:

Hoʻoponopono (ho-o-pono-pono) é uma prática havaiana antiga, com vista à reconciliação e ao perdão. Práticas semelhantes de perdão eram feitas em diversas ilhas do Sul do Pacífico, incluindo Samoa, Taiti e Nova Zelândia.
Tradicionalmente o hoʻoponopono é praticado por sacerdotes de cura ou kahuna lapaʻau em membros de uma família onde existe uma pessoa fisicamente doente. Versões modernas são executadas na família por um membro mais idoso, ou apenas pelo próprio indivíduo.


Há relatos que um terapeuta havaiano curou uma quantidade enorme, um pavilhão, de doentes mentais criminosos sem ao menos ter contato com eles.
Inicialmente eu não fazia espontaneamente, mas com o tempo, e aos poucos comecei. Em casa, sozinho, ao dormir. E então ocorreu algo que eu não esperava. Fiquei cada vez mais em paz. E repetia a cada noite, com tanto interesse, e me causava paz e relaxamento, o que eu precisava pois passava por momentos de grande ansiedade. 
As sessões de cura foram acontecendo diariamente, e os resultados também. Inicialmente eu sentia uma paz e o sono vinha rápido. Era muito bom. E aos poucos fui recebendo as abençoadas respostas de perdão e amor. Casos antigos de dor e causas não resolvidas foram sendo uma a uma dirimidas. Isso aconteceu quando comecei a citar os nomes de pessoas onde precisava me conectar e pedir perdão ou perdoar. E mais que isso, amar com sentimento Cristão. E... agradecer. Ser grato é fundamental.
A prática do ho’oponopono não requer muitos ensinamentos, mas serve para purificar o próprio corpo e se livrar de memórias ou sentimentos ruins, que prendem a mente em uma sintonia negativa.
Por trás de toda situação, todo acontecimento e todo encontro que ocorre na vida, uma memória é guardada. A finalidade do Ho'oponopono é liberar as memórias que possam impor obstáculos na vida da pessoa ou ser fonte de dor, pesar ou sofrimento.
 Eu faço a prece todos os dias usando este vídeo. 
Por isso hoje quero agradecer, por esta oportunidade. E humildemente recomendar. Façam também. E me contem suas experiências.
On Shanti

domingo, 19 de março de 2017

“Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.”

“Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.” Sigmund Freud

Nesta pequena frase, podem ser realizadas teses, palestras, estudos, discussões e o melhor: reflexões. Pedir que sejamos agora julgadores, ao apontar o dedos, seria justamente confirmar a frase.

Embarque num mundo de olhar para dentro.

Caso receba uma crítica, reflita internamente, tem um mínimo fundo de razão? Nunca reflita ao meio externo suas impressões mais escuras.

Se houver algum fundo de verdade, não se culpe. Responsabilize seu estágio de desenvolvimento daquele momento e procure não errar de novo. Mas não sofra. Reverencie o outro.

Peça perdão por ter deixado tal impressão. Mesmo que seja você o prejudicado e caluniado. A verdade sobre o outro é o que menos importa. Não sofra. Não se preocupe em "limpar" sua imagem.

Permita. Respeite.

Pratique o ho'ponopono.

Sinto muito.
Me perdoe.
Eu te amo.
Sou grato.

Reverencie o outro.

Ame o universo. A vida continua e somos espíritos imortais.


Gostei desta visão que recolhi no estudo pela rede:

"A maturidade consiste na caminhada que todos fazemos ao identificarmos nossas  responsabilidades de maneira global. Aceitar que dentro de nós existem desejos que nem sempre são “bonitos” do ponto de vista social imaginado, mas que fazem parte e compõem o nosso ser e influenciam nossas escolhas. Uma vez que reconhecemos esses desejos podemos escolher com sabedoria se queremos realizar e assumir as responsabilidade pelos nossos atos no lugar de falar mal dos outros ou nos colocarmos no papel de vítimas do destino."
Fonte: http://www.contioutra.com/qual-o-papel-das-projecoes-em-nossas-vidas/


A antroposofia: um salto para dentro com um olhar para o infinito

Meu encontro com a Antroposofia


Após um considerável período de afastamento, aqui estou de volta. Meu íntimo, algo que não conseguia me fazer entender, me levava para o externo. Fases. Ciclos. Da vida. E nestes ciclos, que tem seu início e seu fim, seu mínimo e seu máximo, sua base e seu auge, pude perceber, aos poucos que era chegada a hora de mergulhar em nova fase de autoconhecimento. Já imerso na busca espiritual, estudando a doutrina dos espíritos organizada por Kardec, percebi que precisava abrir horizontes de conhecimento. Então me aproximei da antroposofia. Algo que ao mesmo tempo que excita, impulsiona e me encanta, percebo que me desafia, me amedronta, mas também me acalma e acalenta. Passou a fase de desequilíbrio após o grande e profundo golpe na alma. Aquele que me levava ao mundo externo e a busca de um novo caminho. E agora sinto (muito bom esse sentimento, o do sentir) que começo a assentar e raciocinar. Meditar.

A leminiscata simboliza os ciclos da vida

A vida é um processo. E como todos tem três grandes fases, primeiramente as entradas ou alimentação; em seguida os padrões de pensamento, comportamento e ação, e por último as saídas ou resultados.

Diante deste novo desafio de iniciar uma nova era de estudos, precisei conhecer pessoas, métodos novos que mexeram com meu mais íntimo processo, já um pouco trabalhado pelo conhecimento do mundo espiritual. Eu, totalmente imerso e oriundo de um mundo concreto e determinístico, com pessoas cadastradas e doutrinadas a pensar de um determinado jeito, descobri mais uma vez que a vida é dinâmica. Não devemos nos mascarar. Nos reduzir ao meio em que vivemos. Devemos buscar. Abrir a mente. Ampliar. E olhar também para dentro. Talvez um novo nascimento. Veremos.



Assim, daqui por diante, aproveitarei meu espaço para divulgar meu encontro com a antroposofia e especificamente com conceitos de uma medicina muito bonita, a medicina antroposófica. As pessoas me perguntam como caí de paraquedas neste mundo? Eu sem jeito e ao mesmo tempo sorridente, respondo, não sei, a vida me levou, eu sem perceber busquei, pessoas amigas me indicaram. Muitos, muitos mesmo, até os que ali estão, me perguntam curiosas, o que um engenheiro químico está fazendo em um meio como este. Eu espantado com a forma de pensar das pessoas que deveriam saber que o conhecimento não é compartimentado e estaque, carimbado para os iniciados, respondo: por que gosto. Ponto. Mas preciso aprender a lidar com estes momentos da vida. Somos impulsionados a ser espelhos de nós mesmos, remendados e com a imagem trabalhada do externo. Sufocamos o interno. Se deixarmos. Aos interessados farei aqui sucessivamente, pequenos resumo das impressões que tiver sobre este novo velho mundo de Rudolf Steiner, o pai da antroposofia.

Rodolf Steiner, o criador da antroposofia.

Filosofia, ciência, arte, espiritualismo.

Elementos vitais. Temperamentos. Arte. Euritimia. Trimembração. Quadrimembração. Biografia. Cosmologia. Educação e Escolas Waldorf. Saúde antroposófica.

Serão nossas viagens daqui por diante.

Benvindos!

Os quatro elementos da Terra

Os quatro temperamentos


Arte

Agricultura biodinâmica

Euritmia

Elementos Vitais

Cosmologia

Medicina antroposófica

Escolas Waldorf



Antroposofia, uma visão de mundo.



quinta-feira, 26 de maio de 2016

O amor universal

O dia inicia com um sol magnífico. O mantra da Terra se descortina maravilhosamente pela casa preparando o ambiente para um dia especial onde deverá reinar a paz espiritual e o amor Universal. Hoje é um dia especial. O perdão é a maior lição a ser aprendida e divulgada para nossos espíritos imortais. Não compreendemos isto com facilidade pois somos ainda muito imperfeitos. Porém se exercitarmos a cada dia a meditação e a aceitação da nossa relação com todos os seres vivos animados e a mãe Natureza, além dos princípios da moral e dos relacionamentos com a justiça e as leis divinas, poderemos aos poucos atingirmos estágios mais elevados da alma. Somos aprendizes de nossas próprias vidas com nossas próprias escolhas. Se restringirmos este estudo ao amor entre os seres humanos veremos que poderemos compreender melhor o outro se compreendermos melhor a nós mesmos, nossos erros e acertos, sem sofrer em demasia, apenas buscar aprender com a experiência. Mas o espírito humano não é igual e aí está determinada a justiça de Deus. A sabedoria védica faz uma abordagem muito completa do amor universal em diversas dimensões. Que possamos ampliar nosso raio de ação evitando o desamor nas pequenas ações de tirania pessoal seja nas ações, seja nas palavras ou seja no mais difícil, nos pensamentos. Namastê.

domingo, 10 de janeiro de 2016

A criança que há em nós

A criança que há em nós


A Criança que há em nós

Prasanna vadanaaM saubhaagyadaaM bhaagyadaaM
HastaabhyaaM abhayapradaaM maNigaNair
Naanaavidhair-bhuushhitaaM

 Quem é da face risonha, concedente de todo destino
De quem as mãos estão prontas a salvar qualquer um do medo,
Quem é adornada por vários ornamentos com pedras preciosas
Puer natus est nobis,
Et filius datus est nobis:
Cujus emperium super humerum...
Para nós uma criança nasceu,
Para nós um filho foi dado:
E o governo será sobre seus ombros...
Um dia você veio
E eu soube que você era ela
Você era a chuva, você era o sol
Mas eu precisei de ambos, pois precisei de você
Você era aquele
Que eu estive sonhado em toda minha vida
Quando está escuro vocé é minha luz
Mas não se esqueça
Quem é sempre nosso guia
É a criança que há em nós

Hoje, profundas mudanças se erguem em meu espírito. Não aquelas amargas, sofridas, que são pelo desespero, mas aquelas pelo conhecimento, pela consciência, pelo dever. Todas amparadas de início pela dor, mas agora começam a se fazer entender pelo AMOR.

O Amor verdadeiro não é ensinado. Jamais será compreendido, e há muitas formas de amor. O amor platônico, o amor de mãe, o amor de pai, o amor que vem após a paixão, o amor que nasce após a dor, o amor adolescente, o amor puro e o Amor que gostaria de batizar de Universal aquele exemplificado por vários espíritos iluminados como Buda, Ghandi, Jesus, Madre Tereza, Dalai Lama, Sathya Sai Baba e Karol Wojtyla. O amor que se dá aos seres vivos como dádiva divina.

Padre Marcelo explica que há três tipos de amor. Os tipos mais conhecidos de amor humano são Ágape, afinidade de ideais espirituais, Eros, atração física e desejo e Philos, afinidade mental e cultural. Todos Esses três tipos de amor devem ser desenvolvidos, pois são fundamentais na vida de qualquer indivíduo. Um ser humano evoluído, iluminado pela consciência e sabedoria tem os três os amores em equilíbrio e desfrutam de forma saudável os prazeres das inter-relações. O exagero em algum desses amores pode causar sofrimento e desequilíbrio.

Hoje eu dedico este momento ao amor mais complexo, aquele que bem nosso querido amigo nos explicou, aquele que um homem nutre por uma mulher, por sua esposa, querida e amada, na concepção dos dias de sua vida. Aquele que no altar se olha bem fundo nos olhos da amada ao dizer SIM você tem certeza que nunca mais conseguirá ficar longe daqueles olhos, daquelas mãos, daquele AMOR. Ali você homem, se faz renascer a criança que há em nós como diz a letra maravilhosa desta canção. Que Jesus nos abençoe mesmo na Saúde, na Alegria e até mesmo agora na adversidade.

Que possa haver reflexão nestas palavras como em uma prece aos nossos bons mentores e guias espirituais fortalecendo os laços que ainda nos unem na eternidade para que seja feita a vontade do Pai, mas ao possível realimento e restabelecimento do santo matrimônio que tanto importa ao Mundo Cósmico como força do Bem.

Muita Paz!





segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dia das crianças com muita paz

Neste dia das crianças desejo a todas muita paz nos coraçõezinhos e muitas possibilidades no futuro cheio de luz fraterna.


São tantas lições que aprendemos com estas pequenas pessoinhas, almas em evolução cheias de vontade de crescer, espontaneidade e energia. Então neste dia belo, deixo aqui a minha homenagem aos filhos e filhas deste mundo de Deus. Amém! Que Deus as abençoe muito!


Maria de Nazaré

Maria de Nazaré, símbolo de mãe paciente e protetora

Hoje dia que o Brasil comemora o dia de sua padroeira Nossa Senhora de Aparecida, não poderia deixar de prestar uma singela homenagem à esta mãe do Mestre Jesus. Uma imagem aqui no Brasil foi achada em um riacho e gerou toda uma sequência de fatos que acabou por dar à levar multidões ao interior de São Paulo para demonstrar o amor à Maria. É certo que existe um comércio exagerado em torno deste fato belo, mas não invalida a beleza dele. Nosso livre arbítrio deverá separar como tempo o que é adoração sem fundamento, da verdade espiritual. Maria, aqui fica meu singelo apoio ao seu espírito materno. Muita Paz e Luz.


E neste clima de fé e alegria contemplativa quero deixar a bela canção de Eugênio Jorge que tanto me emocionou por décadas. Seu nome é Maria de Deus.


domingo, 4 de outubro de 2015

A meta de cada vida é busca pela compreensão da alma

A busca pela compreensão da alma


Momentos. Vivemos de momentos ou de realizações? Esta resposta é pessoal. cada um deve respondê-la intimamente. Não na correria do dia-a-dia, mas naquele cantinho especial da casa, do trabalho ou do local de reflexão espiritual. Ok, você pode estar pensando, mas não tenho tempo?! Compreendo. Convido você então a investir um tempinho aqui no nosso cantinho de paz. Tenho refletido bastante sobre este tema, até baseado em um momento pessoal que vivo.


Na minha visão, é preciso refletir sobre este tema. Talvez seja O tema. Aquele que responde uma das perguntas básicas que sempre nos perseguem: Qual a razão da nossa existência? Qual a nossa missão aqui na Terra?

Se refletirmos bastante, ou até ao contrário, se refletirmos pouco, e formos mais diretos ao ponto, quem sabe possamos enxergar uma realidade interessante.

Ver o externo

Muitos de nós, e me enquadro neste grupo, porque não, perdemos tempo demais olhando para fora de nós.


Observem, não quero aqui dizer que questões como os cuidados com o corpo, fazer exercícios físicos, se olhar no espelho, comprar algo no shopping center, comer aquela comidinha boa da mãe, vestir roupas adequadas, ou ter uma residência bem cuidada não são ocupações que nossa mente não deva ser parcelada.

Muito pelo contrário. Defendo aqui, todos estes anos de blog que o equilíbrio entre corpo, mente e espírito é a meta. Ou melhor a chave-mestra. Várias culturas e filosofias, orientais ou ocidentais, adotaram este caminho, mesmo respeitando outras que direcionam a vida Terrena para a meditação, contemplação.

Ou por outro lado somente para o esporte ou para as artes.



Outra questão que muito aflige a humanidade, em todas as eras, é a entrega excessiva às paixões do mundo que nos cerca, principalmente das nossas próprias emoções. Como somos dependentes emocionalmente e fisicamente do outro! Existe a questão biológica que nos impulsiona à sexualidade instintivamente pela procriação da espécie. Este magnetismo está impresso em nossa consciência humana como na de todos os seres vivos. Se manter vivos, procriar para manter a espécie viva e perpetuá-la. Mas na humanidade que já dispõe de maior capacidade intelectual que as demais aqui habitantes existe a cham do amor.Que na maioria das vezes é confundida com a paixão. E justamente as paixões que tanto nos alçam ao topo das realizações coletivas da ciência, das artes, dos esportes, da tecnologia e da sociedade, nos levam a fazer o que nos perturba individualmente, nos fere, nos magoa, nos dilacera e coloca pedras enormes frente à nossa caminhada rumo à evolução. Não que a paixão humana, principalmente entre os sexos seja desaprovável, de maneira alguma, mas a perda do equilíbrio é um risco que muitos autores nos alertam e devemos olhar com carinho para este nuance.



A questão é que talvez não deveremos nos dedicar apenas ao externo e ao palpável, senão corremos o risco de sermos pegos de surpresa pelas crises materiais, com a principal: a doença, ou pelas demais, a financeira ou a emocional. Nestes casos, vemos que aquilos somente não nos bastava. E então, podem acontecer os casos de desequilíbrio, como a depressão, o suicídio, a morte prematura, os rompimentos. Lidar com as perdas e as limitações carnais é uma etapa muito profícua. Requer aceitação. E para tal, exige demais de nós . As vezes tanto que não estamos preparados naquele momento, por mais que pensemos estarmos fortes física e emocionalmente. Porque não dominamos a natureza. Não dominamos o outro. Não dominamos o Cosmo. Temos potencial, mas jamais soubemos explorá-lo, porque estávamos mais preocupados com o externo e não um pouco ocupados com o Eu mais interno.


Ver o superior

Por outro lado, muitos de nós, buscam nos seus momentos de reflexão semanal, a busca pelo Ente Superior, a busca pelo céu, a busca pelo imponderável. Aquela ida rápida à missa de domingo, ou àquele culto de sábado à noite, ou àquela reunião de sábado à tarde, para depois sair correndo desabaladamente para ir à festa do fulano ou fulana. E nos sentimos aliviados com nossa consciência não é mesmo? Ou não? Paremos para pensar um pouco!

Será que neste íntimo momento de reflexão, depois daquele compromisso religioso cumprido (as vezes cumprido com afinco, mas que foi olhando para o relógio e "louco" para acabar) e na próxima semana ao voltarmos, não aparece uma dor na consciência? Não nos pegamos pensando aquela célebre frase: "Deus tudo vê". "Deus sabe o que passa no coração de cada um".


Que momento de dor interna! Neste momento de reflexão, alguns sentem vergonha, outros lembram que queriam mesmo era sair correndo dali e nem olhar para o pastor, para o padre, para o palestrante... Gente, culpa não resolve, temos que pensar de outra forma: É uma questão de responsabilidade. Dói menos! Deus é excepcionalmente bom. Por natureza. Não nos pune. Não monitora nossas falhas em cadernetas para nos jogar ao inferno. Apenas nós é quem não aproveitamos plenamente aquele momento de estudo e reflexão espiritual, pois "estávamos com a cabeça na festa que vai acontecer depois". Cada um deve pensar sozinho agora. Um dia desses vou abordar o tema "cada um" baseando na psicografia de Chico Xavier: acho um belíssimo tema.

A questão maior é que precisamos evoluir a abrangência da busca do Ser que há em nós. Deus existe. Isto é uma constatação que é pessoal e deve ser maturada e descoberta intimamente, não engolida em alguma reunião religiosa ou pior: em um momento de dor. Pensando melhor, se for em um momento de dor, mas for verdadeiro é um grande passo, pois Jesus disse várias vezes que este caminho estaria aberto, por diversas vezes afirmou que viessem a Ele para se dirigir a Deus, Ser Supremo que nos acolhe. Como afirmou em seu Evangelho de Lucas, Jesus teria dito ao ser interpelado sobre o Reino de Deus ou dos Céus pelos doutores da Lei judaica, os fariseus. Jesus responde que "Não se poderá dizer: Ei-lo aqui! Ei-lo ali! Pois eis que Reino de Deus está dentro/no meio de vós." (Lc., XVII:20 e 21) cuja fonte foi a Bíblia de Jerusalém. Um estudo recente na qual participei na plateia concluiu em sua apresentação que o Reino de Deus que é a vida futura que nós todos temos direito por estarmos vivos e sermos espíritos imortais. Logo, basta de ansiedade e busquemos a Deus aqui na Terra agora trabalhando pelo bem, ajudando o próximo sim, mas principalmente cuidando de nossa família com amor.
Depois sendo cidadãos justos, corretos, honestos e bons. Já estaremos dando o passo necessário, mas o seguinte é mais difícil. Busque o bem ao próximo como a ti mesmo, pensando sempre: gostaria que fosse comigo? Que eu recebesse aquela palavra rude? Aquela reprimenda? Aquela agressão verbal ou pior, a física? Gostaria de ser roubado no troco? Gostaria de ser subornado? Gostaria de ser julgado prematuramente? Gostaria de ver meu nome em fofocas? Deus em Sua essência nos pega no colo ao nosso chamado. Convido a você, para tentarmos aliviar a carga divina através da busca pela evolução pessoal.


Logo meus irmãos e irmãs, ver o Ser Superior também é olhar para dentro, antes de olhar para o alto. Vamos buscar praticar isto no amor, dia-a-dia, para evitar suplicar ao alto na dor que é nosso costume. O meu, por exemplo.

Concluindo transcrevo as palavras belíssimas de São Luis sobre o tema da resposta de Jesus à pergunta sobre onde estaria o reino de Deus: " Respondendo assim, o Cristo falava em sentido figurado. Queria dizer que reina apenas sobre os corações puros e desinteressados. Ele está em qualquer lugar onde domine o amor do bem; mas, os homens ávidos das coisas deste mundo e apegados aos bens da Terra não estão com ele."

Ver o interior

Nossa fé nos impulsiona ao limite da crença. E isto é essencialmente pessoal. Cabe a cada um a tarefa de comparar o que ouve e lê com aquilo que vê e sente. Basicamente isto é a fé. A dissociação entre alguns nossos sentidos e o conhecimento. Quanto mais conhecemos, mais queremos provas? Verdade ou mentira? Depende do grau de evolução de cada um. Certo que existe o caso clássico da figura do discípulo Tomé que precisou ver para crer. Precisou tocar nas chagas abertas de Jesus para acreditar que Ele havia retornado do mundo dos mortos, conforme havia Lhes avisado sobre forma de promessa, confirmando as antigas Escrituras. Outro discípulo, creu imediatamente na visão espetacular diante do grupo. Talvez já tomado pelo sentimento da verdade por ter negado Jesus três oportunidades, vítima do medo da prisão e morte pela corte judia. Porém, a experiência de dor pessoal e reforma íntima de Pedro não diminui a lição divina da questão mundana da falta de fé. Jesus por diversas vezes afirma que a fé de cada um é o agente curador e manifestador de poder benigno. 

A busca interior pode ser oriunda de várias chamadas: há tantas oportunidades atualmente disponíveis em cursos, templos, na internet, mas penso que a maior busca é naquele tempo sozinho. Por isso valorizo tanto a meditação como formato de atmosfera de paz e luz. Nos canais do youtube há opções variadas que podem ser muito bem vindas. Somente coloco a importância de saber dosar a característica pessoal da busca. Cada um deve aprender a fórmula que o faz feliz nesta busca, no seu tempo, respeitando seu modo de enxergar cada visão, sem desprezar outras visões.

Não olhar só para si mesmo é uma reflexão que devemos ter. Olhar para dentro não é olhar para si próprio. Fuja dos maiores e perigosos sentimentos que o espírito humano pode experimentar os três cavaleiros do apocalipse: o egoísmo, a vaidade e o orgulho. São a expressão do olhar para si mesmo. Só para si. Esquecendo o outro. Ao pensarmos na iluminação, deixamos de pensar no auxílio ao próximo. E corremos o risco de cairmos nos três cavaleiros do mal humano. Podemos cair então no abismo intelectual. Sabemos demais, aplicamos de menos.

Em alguns casos o eu interior, sem cuidados especiais, deixado de lado, esquecido, largado sem o alimento do conhecimento e da luz espiritual, mas principalmente do entorno moral, manifesta-se sob a forma de graves doenças do corpo e da mente. Nestes casos, o urge o tratamento. Recomenda-se que mesmo optando pela medicina tradicional, que haja apoio das terapias alternativas e até da luz da doutrina espírita. Pode-se obter resultados maravilhosos. Mas o ponto chave é o querer. É o livre arbítrio. Não desista. Busque.

A busca pelo ser interior, para muitos passa necessariamente pela reforma intima, onde se vê obrigado a uma reforma Moral. É então que se aprende a Lei Maior; A lei do Amor. A caridade e o amor são as molas que se atraem e contraem para gerar a força do bem. Atraem parceiros da caminhada. Você já viu que a sendas do bem se unem no bom propósito? E ao fazer o bem, estamos nos reformando. Este é o sentido para nós seres imperfeitos. Aprender, aprender, aprender. E juntar forças. As molas se contraem para gear esta força que impulsiona ao destino, de forma que ao surgir uma dificuldade (e como surgem!) não desistimos, possamos levantar com os joelhos sangrando, sacudir a poeira e seguir em frente.

A reforma íntima é um caminho sem volta. Pois a lei de Deus está na consciência e como tal, impressa, no nosso espírito.


Mas somos apenas principiantes nas fileiras de estudiosos da doutrina maior. Por vezes buscamos fora o que temos que buscar dentro. De cada um de nós. Em nossas mentes. Refletir mais. Meditar mais. Se acalmar mais. Pensar antes de falar. Tivemos e temos tantos Mestres: Moisés, Maomé, Buda, Sócrates, Platão, Jesus, Paulo de Tarso, Pedro, Gandhi, Alan Kardek, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, João Paulo II, Madre Tereza de Calcutá e mais recentemente Dalai Lama e Francisco. Outras personalidades de extrema iluminação por suas obras foram muito importantes que puderam trazer mais iluminação à humanidade como São Francisco, Martinho Lutero, Leon Dennis, Eurípedes Barsanulfo, Bezerra de Menezes e Divaldo Franco.



Recomendamos a receitinha abaixo para lutarmos incessantemente contra os males da humanidade: 



Que possamos nos iluminar com estes ensinamentos na busca interior.

O equilíbrio entre mente, corpo e espírito - a verdadeira busca pela compreensão da alma

Se as explanações acima puderam ser compreendidas, na minha pouca visão das coisas, vejo o seguinte caminho. Na vida que estou tendo a oportunidade de me dedicar neste momento, meu espírito não está sabendo integralmente de acertos, dos méritos, das lutas, das falhas, dos débitos adquiridos em outras vidas. Nesta situação caridosa, tenho apenas que trabalhar para melhorar cada vez mais, sem ansiedade, nas minhas limitações, mas não deixando que elas me paralisem. Na cesta de pensamentos benéficos, coloquemos a busca do externo, do Ser Superior e do interno para que seja gradativamente misturado em proporções adequadas às minhas necessidades para preparar meu remédio. O remédio da saúde da alma. Pois a alma é o espírito encarnado. E como tal, merece o respeito e a oportunidade de crescimento.

A busca do ser integral

Nossa busca parece utópica? Pode ser, mas é caminho e como tal deve ser aqui explanado para que seja uma meta de cada um. Se não colocarmos o esforço de cada um nos sentidos desta evolução, não teremos aprendido nada nesta encarnação.

A beleza da arte

Busquemos a arte como caminho para desenvolver a sensibilidade. 




Na pintura podemos expressar como vemos o mundo. A busca pela arte da pintura é um caminho esplêndido que traz muita realização. Busquemos alma na pintura.

O desenvolvimento dos chacras envolvidos com a capacidade de criação e da sensibilidade com as mãos e como os olhos. Olhos de quem quer enxergar.

Muitos espíritos de grande sabedoria aqui estiveram para nos bridar com belíssimas obras e que até encantam multidões nos museus de toda a Terra.





A busca pela música pode ser um caminho espetacular para a alma. A música é a linguagem universal e como tal precisa de praticantes.

Nela as pessoas se veem mais ouvidas e se reconhecem mais como irmãos. 

Desenvolvem sensibilidades das mãos, pés e ouvidos.

Os olhos por vezes se fecham para sentir a verdadeira paz da bela música. 



Busquemos alma na natureza que nos oferece verdadeiros espetáculos de beleza a cada dia.


Alma nos pássaros de cantar fácil, nos mares de força e imensidão, nas praias de alegria familiar, nas florestas misteriosas e cheias de vida, nas flores de todas as cores.


Busquemos alma nos animais fortes ou frágeis e fiéis, nos rios caudalosos ou serenos.




Busquemos alma no céu de nosso planeta azul, no Cosmo infinito. 

Na pluralidade dos planetas habitados, novas formas e vida, não nos prendendo a querer ver o que nossas mentes ainda não tem capacidade de entender.

Deixemos fluir a energia cósmica que há em nós e permitamos que a ciência e a espiritualidade não interrompam seu caminho para o conhecimento pleno.

Busquemos entender que tudo está em Deus nos dá a dimensão de nossas limitações e por outro lado da grandeza de Deus. Nos acalma a alma.









A busca de Deus é um caminho que se apresenta diante da humanidade desde os primórdios. Continuemos nesta escalada que somente nos faz bem.










Se nos depararmos com a necessidade de auxílio fraternal, sejamos suficientemente humildes para compreender o chamado que é para nós redenção para nossas faltas pregressas.








Não nos é mérito nenhum. Já nos ensinou Chico Xavier.









O amor


O amor entre duas pessoas é a questão de beleza máxima entre a alimentação da alma. Na busca pela sensualidade e pela luxúria mergulhados na paixão, nos esquecemos das metas maiores: fazer a caridade e buscar o amor. Assim, seremos felizes. De corpo e Alma.


Busquemos na família a oportunidade de aprender, de resgatar antigos débitos ou continuar belas uniões do passado. Que possamos compreender a beleza que temos em casa, mesmo quando há dificuldades a vista. Um quadro de perfeição da obra de Deus: a família. Aprendamos a agradecer a família que temos e nossa alma agradecerá.



 O amor verdadeiro nada tem de uníssono: nem somente sexo, nem somente carinho, nem somente, nem somente família e filhos, nem somente paciência, nem somente compreensão, nem somente amizade, nem somente parceria, nem somente união de sonhos, nem somente estrutura familiar. Na verdade o amor verdadeiro é tudo isto junto. Como um bolo feito com ingredientes selecionados e na dose certa, cada casal com uma receita diferente, inerente ao seu eu, formado por duas almas diferentes. Agora juntas em um cesto, misturadas amorosamente, com o fermento da vida a dois no mundo terreno, produzem uma massa uniforme que na temperatura certa e no tempo certo geram um doce de paladar espetacular: o AMOR. Busquemos o amor incondicional, sem ferir, nem ser feridos. Baseado na Lei de Deus.



 E mesmo na dificuldade, saibamos estar ao lado daquele ente que amamos para dar ao chamado o máximo que nos for permitido: atenção, carinho, paciência, ombro amigo. Esta é uma forma maravilhosa de amor que precisamos aprender a desenvolver e praticar em nossas vidas. A alma se enobrece pela oportunidade.




Ao final de nossa vida, saberemos agradecer a dádiva divina e a oportunidade, transmitindo a mensagem e energia do Cosmo aos próximos habitantes da nossa plataforma chamada Terra.




Enfim, a busca pelo corpo, mente e espírito sadios e equilibrados é a grande meta de nossas existências no Universo. Que saibamos pedir e agradecer a cada oportunidade alcançada de melhoramento, aceitando os revezes, que na maioria das vezes não podemos mudar, mas lutando para olhar para dentro, para fora e para cima em busca da Verdade: a Paz e a Luz que Jesus prometeu no Reino de Deus.

Assim sendo teremos plenitude nas nossas buscas nos enxergando como seres humanos integrais e integrados com o Cosmo. Como nas belíssimas gravuras deste artista Alex Grey que utilizei para ilustrar este momento de iluminação mais integrado.

Namastê.


Imagens: Fonte Google imagens e www.alexgrey.com