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domingo, 21 de julho de 2013

Não julgueis, pois, para não serdes julgados. Por trás da queda de Anderson Silva existe uma lição de vida: O ser humano Chris Weidman e sua ajuda humanitária no furacão

Vocês podem se surpreender por qual razão eu estaria aqui dando enfase e discutindo um assunto que nada tem a ver com o propósito deste blog. Bom, aparentemente não tem nada a ver. Mas após assistir a uma matéria jornalística na TV sobre Anderson Silva, lutador brasileiro de MMA que perdeu recentemente o título do UFC, resolvi publicá-la aqui para que fosse alvo de nossas humildes reflexões.

Vejam a matéria com olhos de aprendizado. Mesmo que haja declarações questionáveis dos interlocutores, tentemos não perdermos a oportunidade de aprendizado, procuremos abrir a mente e extrair os ensinamentos profícuos dos fatos. Muita Paz e Alegria a todos meus irmãos! Muita Paz!

http://globoesporte.globo.com/esporte-espetacular/videos/t/edicoes/v/apos-nocautear-anderson-silva-chris-weidman-afirma-ele-me-desrespeitou/2706188/

Filosoficamente é importante para que entendamos mais sobre como se pode aprender nas experiências de queda, de perda, sobre o perigo da soberba, e afinal, sobre o outro lado de tudo na vida: o herói verdadeiro não foi a lutador que ganhou ou o que perdeu. E sim, a pessoa que existe por trás do lutador que venceu a disputa.

Como uma derrota pode nos ajudar a reconhecer erros? Como nós, que professamos uma filosofia, uma religião, ou uma fé, podemos cair em contradição na nossa soberba quando julgamos um ser humano, por mais que ele tenha feito coisas que consideramos -  ou a lei humana ou a sociedade considerem - erradas.

Não gosto de esportes que expressem violência. Nem manifestações violentas, individuais ou coletivas. Mas como não sou um alienado, vivo em um mundo de contrastes. Cheio de bons e maus exemplos. A lutas do que hoje é considerado um esporte, o MMA, que é uma derivação do chamado Vale-Tudo. E o Brasil tinha um campeão que não perdia há muitos anos. Sete vezes campeão dos pesos-médios, Anderson Silva era considerado imbatível, o campeão indestrutível, etc, etc, etc.

Porém, recentemente ao disputar mais um desafio internacional pela manutenção do título ele sucumbiu ao adversário que o nocauteou. Bom, a imprensa do mundo inteiro mostrou o fato e imediatamente passou a julgar Anderson Silva por ter menosprezado o adversário. Rapidamente se começou a entrevistar o brasileiro que antes era considerado quase um Deus e um ser humano irrepreensível pela sua origem pobre e aparência de homem bom. Uma contradição já que era um lutador de MMA (vale-tudo). Uma falha de caráter o fez perder a luta? Pior, surgiram até suspeitas de que tudo teria sido arranjado para render mais milhões a ambos. Como pode ser um ídolo de massas acabou virando um vilão. Anderson foi duramente criticado e ao ser entrevistado disse nas primeiras, que não estava mais com interesse de lutar, não queria revanche e que iria parar. Não parecia abatido. Depois mais consciente do fato, começou a abrir seus sentimentos e deu delcarações mais interessantes e humanas sobre ter menosprezado o seu combatente. Começou a reconhecer seus erros.



E o algoz de Anderson virou da noite para o dia o grande herói. Mas tudo isso é menor, é infinitamente menor, pois agora surge a parte interessante da história que é as atitudes bacanas que tomou o vencedor Chris Weidman, americano, quando sua localidade foi totalmente destruída por um furação.



Ele não se abateu, retirou sua família de lá, mas ficou para ajudar muitas pessoas em meio ao caos da destruição.


E uma frase dele me comoveu. Algo assim, Não fiquei tão preocupado com a minha situação, pois sou jovem e sabia que tinha forças para recomeçar e trabalhar para reconstruir tudo que havia perdido. Minha preocupação era com meu vizinho de 84 anos.



Por estas declarações vemos que ao julgarmos as pessoas, situações cotidianas e escolhas dos outros sobre o que fazer, o que ver, o que vestir, o que falar, o que comer, etc. cometemos um grande equívoco. Esquecemos que todos somos humanos. E que à todos Deus nos proporciona experiências, de provas pessoais, como possibilidade e mais, oportunidade de crescimento. De resistências contra nossos impulsos mais íntimos, secretos e desprezáveis.


Amigos, os brutos também amam. Também riem, também choram, também são filhos, também são pais, também são seres humanos como todos somos. Erram, acertam, são filhos de Deus. Não os desprezemos na nossa costumeira atitude de criticar seu modo de vida e escolhas.



Os astros do MMA, ambos, aprenderam, com as situações que foram expostos pela vida. Ambos parecem ter aprendido. E fica para nós, uma lição maior que a deles. Hoje podemos ser heróis, amanhã poderemos ser os vilões. E isso pode acontecer também ao contrário. Hoje podemos sofrer por ter cometido atrocidades no passado, em outras existências. Como vale a pena conhecer e ENTENDER o ensinamento de Jesus:

Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2). 






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