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domingo, 4 de outubro de 2015

A meta de cada vida é busca pela compreensão da alma

A busca pela compreensão da alma


Momentos. Vivemos de momentos ou de realizações? Esta resposta é pessoal. cada um deve respondê-la intimamente. Não na correria do dia-a-dia, mas naquele cantinho especial da casa, do trabalho ou do local de reflexão espiritual. Ok, você pode estar pensando, mas não tenho tempo?! Compreendo. Convido você então a investir um tempinho aqui no nosso cantinho de paz. Tenho refletido bastante sobre este tema, até baseado em um momento pessoal que vivo.


Na minha visão, é preciso refletir sobre este tema. Talvez seja O tema. Aquele que responde uma das perguntas básicas que sempre nos perseguem: Qual a razão da nossa existência? Qual a nossa missão aqui na Terra?

Se refletirmos bastante, ou até ao contrário, se refletirmos pouco, e formos mais diretos ao ponto, quem sabe possamos enxergar uma realidade interessante.

Ver o externo

Muitos de nós, e me enquadro neste grupo, porque não, perdemos tempo demais olhando para fora de nós.


Observem, não quero aqui dizer que questões como os cuidados com o corpo, fazer exercícios físicos, se olhar no espelho, comprar algo no shopping center, comer aquela comidinha boa da mãe, vestir roupas adequadas, ou ter uma residência bem cuidada não são ocupações que nossa mente não deva ser parcelada.

Muito pelo contrário. Defendo aqui, todos estes anos de blog que o equilíbrio entre corpo, mente e espírito é a meta. Ou melhor a chave-mestra. Várias culturas e filosofias, orientais ou ocidentais, adotaram este caminho, mesmo respeitando outras que direcionam a vida Terrena para a meditação, contemplação.

Ou por outro lado somente para o esporte ou para as artes.



Outra questão que muito aflige a humanidade, em todas as eras, é a entrega excessiva às paixões do mundo que nos cerca, principalmente das nossas próprias emoções. Como somos dependentes emocionalmente e fisicamente do outro! Existe a questão biológica que nos impulsiona à sexualidade instintivamente pela procriação da espécie. Este magnetismo está impresso em nossa consciência humana como na de todos os seres vivos. Se manter vivos, procriar para manter a espécie viva e perpetuá-la. Mas na humanidade que já dispõe de maior capacidade intelectual que as demais aqui habitantes existe a cham do amor.Que na maioria das vezes é confundida com a paixão. E justamente as paixões que tanto nos alçam ao topo das realizações coletivas da ciência, das artes, dos esportes, da tecnologia e da sociedade, nos levam a fazer o que nos perturba individualmente, nos fere, nos magoa, nos dilacera e coloca pedras enormes frente à nossa caminhada rumo à evolução. Não que a paixão humana, principalmente entre os sexos seja desaprovável, de maneira alguma, mas a perda do equilíbrio é um risco que muitos autores nos alertam e devemos olhar com carinho para este nuance.



A questão é que talvez não deveremos nos dedicar apenas ao externo e ao palpável, senão corremos o risco de sermos pegos de surpresa pelas crises materiais, com a principal: a doença, ou pelas demais, a financeira ou a emocional. Nestes casos, vemos que aquilos somente não nos bastava. E então, podem acontecer os casos de desequilíbrio, como a depressão, o suicídio, a morte prematura, os rompimentos. Lidar com as perdas e as limitações carnais é uma etapa muito profícua. Requer aceitação. E para tal, exige demais de nós . As vezes tanto que não estamos preparados naquele momento, por mais que pensemos estarmos fortes física e emocionalmente. Porque não dominamos a natureza. Não dominamos o outro. Não dominamos o Cosmo. Temos potencial, mas jamais soubemos explorá-lo, porque estávamos mais preocupados com o externo e não um pouco ocupados com o Eu mais interno.


Ver o superior

Por outro lado, muitos de nós, buscam nos seus momentos de reflexão semanal, a busca pelo Ente Superior, a busca pelo céu, a busca pelo imponderável. Aquela ida rápida à missa de domingo, ou àquele culto de sábado à noite, ou àquela reunião de sábado à tarde, para depois sair correndo desabaladamente para ir à festa do fulano ou fulana. E nos sentimos aliviados com nossa consciência não é mesmo? Ou não? Paremos para pensar um pouco!

Será que neste íntimo momento de reflexão, depois daquele compromisso religioso cumprido (as vezes cumprido com afinco, mas que foi olhando para o relógio e "louco" para acabar) e na próxima semana ao voltarmos, não aparece uma dor na consciência? Não nos pegamos pensando aquela célebre frase: "Deus tudo vê". "Deus sabe o que passa no coração de cada um".


Que momento de dor interna! Neste momento de reflexão, alguns sentem vergonha, outros lembram que queriam mesmo era sair correndo dali e nem olhar para o pastor, para o padre, para o palestrante... Gente, culpa não resolve, temos que pensar de outra forma: É uma questão de responsabilidade. Dói menos! Deus é excepcionalmente bom. Por natureza. Não nos pune. Não monitora nossas falhas em cadernetas para nos jogar ao inferno. Apenas nós é quem não aproveitamos plenamente aquele momento de estudo e reflexão espiritual, pois "estávamos com a cabeça na festa que vai acontecer depois". Cada um deve pensar sozinho agora. Um dia desses vou abordar o tema "cada um" baseando na psicografia de Chico Xavier: acho um belíssimo tema.

A questão maior é que precisamos evoluir a abrangência da busca do Ser que há em nós. Deus existe. Isto é uma constatação que é pessoal e deve ser maturada e descoberta intimamente, não engolida em alguma reunião religiosa ou pior: em um momento de dor. Pensando melhor, se for em um momento de dor, mas for verdadeiro é um grande passo, pois Jesus disse várias vezes que este caminho estaria aberto, por diversas vezes afirmou que viessem a Ele para se dirigir a Deus, Ser Supremo que nos acolhe. Como afirmou em seu Evangelho de Lucas, Jesus teria dito ao ser interpelado sobre o Reino de Deus ou dos Céus pelos doutores da Lei judaica, os fariseus. Jesus responde que "Não se poderá dizer: Ei-lo aqui! Ei-lo ali! Pois eis que Reino de Deus está dentro/no meio de vós." (Lc., XVII:20 e 21) cuja fonte foi a Bíblia de Jerusalém. Um estudo recente na qual participei na plateia concluiu em sua apresentação que o Reino de Deus que é a vida futura que nós todos temos direito por estarmos vivos e sermos espíritos imortais. Logo, basta de ansiedade e busquemos a Deus aqui na Terra agora trabalhando pelo bem, ajudando o próximo sim, mas principalmente cuidando de nossa família com amor.
Depois sendo cidadãos justos, corretos, honestos e bons. Já estaremos dando o passo necessário, mas o seguinte é mais difícil. Busque o bem ao próximo como a ti mesmo, pensando sempre: gostaria que fosse comigo? Que eu recebesse aquela palavra rude? Aquela reprimenda? Aquela agressão verbal ou pior, a física? Gostaria de ser roubado no troco? Gostaria de ser subornado? Gostaria de ser julgado prematuramente? Gostaria de ver meu nome em fofocas? Deus em Sua essência nos pega no colo ao nosso chamado. Convido a você, para tentarmos aliviar a carga divina através da busca pela evolução pessoal.


Logo meus irmãos e irmãs, ver o Ser Superior também é olhar para dentro, antes de olhar para o alto. Vamos buscar praticar isto no amor, dia-a-dia, para evitar suplicar ao alto na dor que é nosso costume. O meu, por exemplo.

Concluindo transcrevo as palavras belíssimas de São Luis sobre o tema da resposta de Jesus à pergunta sobre onde estaria o reino de Deus: " Respondendo assim, o Cristo falava em sentido figurado. Queria dizer que reina apenas sobre os corações puros e desinteressados. Ele está em qualquer lugar onde domine o amor do bem; mas, os homens ávidos das coisas deste mundo e apegados aos bens da Terra não estão com ele."

Ver o interior

Nossa fé nos impulsiona ao limite da crença. E isto é essencialmente pessoal. Cabe a cada um a tarefa de comparar o que ouve e lê com aquilo que vê e sente. Basicamente isto é a fé. A dissociação entre alguns nossos sentidos e o conhecimento. Quanto mais conhecemos, mais queremos provas? Verdade ou mentira? Depende do grau de evolução de cada um. Certo que existe o caso clássico da figura do discípulo Tomé que precisou ver para crer. Precisou tocar nas chagas abertas de Jesus para acreditar que Ele havia retornado do mundo dos mortos, conforme havia Lhes avisado sobre forma de promessa, confirmando as antigas Escrituras. Outro discípulo, creu imediatamente na visão espetacular diante do grupo. Talvez já tomado pelo sentimento da verdade por ter negado Jesus três oportunidades, vítima do medo da prisão e morte pela corte judia. Porém, a experiência de dor pessoal e reforma íntima de Pedro não diminui a lição divina da questão mundana da falta de fé. Jesus por diversas vezes afirma que a fé de cada um é o agente curador e manifestador de poder benigno. 

A busca interior pode ser oriunda de várias chamadas: há tantas oportunidades atualmente disponíveis em cursos, templos, na internet, mas penso que a maior busca é naquele tempo sozinho. Por isso valorizo tanto a meditação como formato de atmosfera de paz e luz. Nos canais do youtube há opções variadas que podem ser muito bem vindas. Somente coloco a importância de saber dosar a característica pessoal da busca. Cada um deve aprender a fórmula que o faz feliz nesta busca, no seu tempo, respeitando seu modo de enxergar cada visão, sem desprezar outras visões.

Não olhar só para si mesmo é uma reflexão que devemos ter. Olhar para dentro não é olhar para si próprio. Fuja dos maiores e perigosos sentimentos que o espírito humano pode experimentar os três cavaleiros do apocalipse: o egoísmo, a vaidade e o orgulho. São a expressão do olhar para si mesmo. Só para si. Esquecendo o outro. Ao pensarmos na iluminação, deixamos de pensar no auxílio ao próximo. E corremos o risco de cairmos nos três cavaleiros do mal humano. Podemos cair então no abismo intelectual. Sabemos demais, aplicamos de menos.

Em alguns casos o eu interior, sem cuidados especiais, deixado de lado, esquecido, largado sem o alimento do conhecimento e da luz espiritual, mas principalmente do entorno moral, manifesta-se sob a forma de graves doenças do corpo e da mente. Nestes casos, o urge o tratamento. Recomenda-se que mesmo optando pela medicina tradicional, que haja apoio das terapias alternativas e até da luz da doutrina espírita. Pode-se obter resultados maravilhosos. Mas o ponto chave é o querer. É o livre arbítrio. Não desista. Busque.

A busca pelo ser interior, para muitos passa necessariamente pela reforma intima, onde se vê obrigado a uma reforma Moral. É então que se aprende a Lei Maior; A lei do Amor. A caridade e o amor são as molas que se atraem e contraem para gerar a força do bem. Atraem parceiros da caminhada. Você já viu que a sendas do bem se unem no bom propósito? E ao fazer o bem, estamos nos reformando. Este é o sentido para nós seres imperfeitos. Aprender, aprender, aprender. E juntar forças. As molas se contraem para gear esta força que impulsiona ao destino, de forma que ao surgir uma dificuldade (e como surgem!) não desistimos, possamos levantar com os joelhos sangrando, sacudir a poeira e seguir em frente.

A reforma íntima é um caminho sem volta. Pois a lei de Deus está na consciência e como tal, impressa, no nosso espírito.


Mas somos apenas principiantes nas fileiras de estudiosos da doutrina maior. Por vezes buscamos fora o que temos que buscar dentro. De cada um de nós. Em nossas mentes. Refletir mais. Meditar mais. Se acalmar mais. Pensar antes de falar. Tivemos e temos tantos Mestres: Moisés, Maomé, Buda, Sócrates, Platão, Jesus, Paulo de Tarso, Pedro, Gandhi, Alan Kardek, Sathya Sai Baba, Chico Xavier, João Paulo II, Madre Tereza de Calcutá e mais recentemente Dalai Lama e Francisco. Outras personalidades de extrema iluminação por suas obras foram muito importantes que puderam trazer mais iluminação à humanidade como São Francisco, Martinho Lutero, Leon Dennis, Eurípedes Barsanulfo, Bezerra de Menezes e Divaldo Franco.



Recomendamos a receitinha abaixo para lutarmos incessantemente contra os males da humanidade: 



Que possamos nos iluminar com estes ensinamentos na busca interior.

O equilíbrio entre mente, corpo e espírito - a verdadeira busca pela compreensão da alma

Se as explanações acima puderam ser compreendidas, na minha pouca visão das coisas, vejo o seguinte caminho. Na vida que estou tendo a oportunidade de me dedicar neste momento, meu espírito não está sabendo integralmente de acertos, dos méritos, das lutas, das falhas, dos débitos adquiridos em outras vidas. Nesta situação caridosa, tenho apenas que trabalhar para melhorar cada vez mais, sem ansiedade, nas minhas limitações, mas não deixando que elas me paralisem. Na cesta de pensamentos benéficos, coloquemos a busca do externo, do Ser Superior e do interno para que seja gradativamente misturado em proporções adequadas às minhas necessidades para preparar meu remédio. O remédio da saúde da alma. Pois a alma é o espírito encarnado. E como tal, merece o respeito e a oportunidade de crescimento.

A busca do ser integral

Nossa busca parece utópica? Pode ser, mas é caminho e como tal deve ser aqui explanado para que seja uma meta de cada um. Se não colocarmos o esforço de cada um nos sentidos desta evolução, não teremos aprendido nada nesta encarnação.

A beleza da arte

Busquemos a arte como caminho para desenvolver a sensibilidade. 




Na pintura podemos expressar como vemos o mundo. A busca pela arte da pintura é um caminho esplêndido que traz muita realização. Busquemos alma na pintura.

O desenvolvimento dos chacras envolvidos com a capacidade de criação e da sensibilidade com as mãos e como os olhos. Olhos de quem quer enxergar.

Muitos espíritos de grande sabedoria aqui estiveram para nos bridar com belíssimas obras e que até encantam multidões nos museus de toda a Terra.





A busca pela música pode ser um caminho espetacular para a alma. A música é a linguagem universal e como tal precisa de praticantes.

Nela as pessoas se veem mais ouvidas e se reconhecem mais como irmãos. 

Desenvolvem sensibilidades das mãos, pés e ouvidos.

Os olhos por vezes se fecham para sentir a verdadeira paz da bela música. 



Busquemos alma na natureza que nos oferece verdadeiros espetáculos de beleza a cada dia.


Alma nos pássaros de cantar fácil, nos mares de força e imensidão, nas praias de alegria familiar, nas florestas misteriosas e cheias de vida, nas flores de todas as cores.


Busquemos alma nos animais fortes ou frágeis e fiéis, nos rios caudalosos ou serenos.




Busquemos alma no céu de nosso planeta azul, no Cosmo infinito. 

Na pluralidade dos planetas habitados, novas formas e vida, não nos prendendo a querer ver o que nossas mentes ainda não tem capacidade de entender.

Deixemos fluir a energia cósmica que há em nós e permitamos que a ciência e a espiritualidade não interrompam seu caminho para o conhecimento pleno.

Busquemos entender que tudo está em Deus nos dá a dimensão de nossas limitações e por outro lado da grandeza de Deus. Nos acalma a alma.









A busca de Deus é um caminho que se apresenta diante da humanidade desde os primórdios. Continuemos nesta escalada que somente nos faz bem.










Se nos depararmos com a necessidade de auxílio fraternal, sejamos suficientemente humildes para compreender o chamado que é para nós redenção para nossas faltas pregressas.








Não nos é mérito nenhum. Já nos ensinou Chico Xavier.









O amor


O amor entre duas pessoas é a questão de beleza máxima entre a alimentação da alma. Na busca pela sensualidade e pela luxúria mergulhados na paixão, nos esquecemos das metas maiores: fazer a caridade e buscar o amor. Assim, seremos felizes. De corpo e Alma.


Busquemos na família a oportunidade de aprender, de resgatar antigos débitos ou continuar belas uniões do passado. Que possamos compreender a beleza que temos em casa, mesmo quando há dificuldades a vista. Um quadro de perfeição da obra de Deus: a família. Aprendamos a agradecer a família que temos e nossa alma agradecerá.



 O amor verdadeiro nada tem de uníssono: nem somente sexo, nem somente carinho, nem somente, nem somente família e filhos, nem somente paciência, nem somente compreensão, nem somente amizade, nem somente parceria, nem somente união de sonhos, nem somente estrutura familiar. Na verdade o amor verdadeiro é tudo isto junto. Como um bolo feito com ingredientes selecionados e na dose certa, cada casal com uma receita diferente, inerente ao seu eu, formado por duas almas diferentes. Agora juntas em um cesto, misturadas amorosamente, com o fermento da vida a dois no mundo terreno, produzem uma massa uniforme que na temperatura certa e no tempo certo geram um doce de paladar espetacular: o AMOR. Busquemos o amor incondicional, sem ferir, nem ser feridos. Baseado na Lei de Deus.



 E mesmo na dificuldade, saibamos estar ao lado daquele ente que amamos para dar ao chamado o máximo que nos for permitido: atenção, carinho, paciência, ombro amigo. Esta é uma forma maravilhosa de amor que precisamos aprender a desenvolver e praticar em nossas vidas. A alma se enobrece pela oportunidade.




Ao final de nossa vida, saberemos agradecer a dádiva divina e a oportunidade, transmitindo a mensagem e energia do Cosmo aos próximos habitantes da nossa plataforma chamada Terra.




Enfim, a busca pelo corpo, mente e espírito sadios e equilibrados é a grande meta de nossas existências no Universo. Que saibamos pedir e agradecer a cada oportunidade alcançada de melhoramento, aceitando os revezes, que na maioria das vezes não podemos mudar, mas lutando para olhar para dentro, para fora e para cima em busca da Verdade: a Paz e a Luz que Jesus prometeu no Reino de Deus.

Assim sendo teremos plenitude nas nossas buscas nos enxergando como seres humanos integrais e integrados com o Cosmo. Como nas belíssimas gravuras deste artista Alex Grey que utilizei para ilustrar este momento de iluminação mais integrado.

Namastê.


Imagens: Fonte Google imagens e www.alexgrey.com






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