Perda ou Libertação ? Uma homenagem ao querido filhinho Thor
Hoje resolvi manisfestar-me sobre um assunto que tanto nos aflige neste mundo de provações e aflições. Não é incomum, sermos surpreendidos por notícias de doenças, decepções amorosas ou sentimentais, maledicências no trabalho, brigas na família, ou até as piores dores, como separações conjugais, divórcios, mortes de seus amores ou de animais grande de estima.
Dores e perdas nos trazem doenças físicas e psico-somáticas crônicas e em muitos casos de efeitos agudos que podem levar também à morte.
Devemos nos preparar para estes momentos difíceis com as ferramentas que dispomos, em primeiro plano, os estudos doutrinário-filosóficos, mas também a ação antecipativa que previne o ser íntimo do choque inesperado. Estudos sugerem que o envolvimento com atividades de preparação para o futuro podemo nos manter de uma certa forma, treinados físico, mental e espiritualmente.
Uma leitura muito interessante como publicou Carlos Eduardo Acciolly Durgante em "Planejando o futuro" nos oferta com diversas abordagens para a busca da saúde integral em seus aspectos físicos, emocionais e espirituais. Tratam da redução da pressão arterial, mal que assola a humanidade, passando pela ansiedade, até a depressão na maturidade.
Ou seja, trabalhando nos planos tríplices, podemos reagir quase que automaticamente frente às intempéries, naturais à vida terrena e carnal. No caso do acontecimento infortúnio, a manutenção da serenidade, da sanidade mental e do equilíbrio do espírito podem salvar nossas células corpóreas, embora não nos livrem das lágrimas e das noites pouco ou totalmente mal-dormidas.
Disparado pelo interesse e auxílio próximo, seguido de desígnios pessoais (derivadas do livre arbítrio ), talvez, ou até por auxílio da espiritualidade amiga, estava mais equilibrado, tratando o corpo e espírito, além de me pegar reiniciando a leitura citada, quando percebi que estava passando por questões, diversas delas, que transpassam muitos dos temas acima citados no primeiro parágrafo.
A última, que queria aqui compartilhar com todos meus amigos e os que aqui visitam por simples passagem, da perda de um amigo. Sim, era o meu filho, e porque não dizer, sim, o meu cãozinho Thor. O meu neguinho, como eu o chamava carinhosamente, sem conotações outras, era um elogio, porque eu tinha um enorme carinho e amor por este animal tão bonzinho. Sempre ocupado em tomar conta da rua, ou seja, nos proteger, o cão, em sua fidelidade e sua amizade nos ensina muito. Quiséramos nós, seres humanos, aprendêssemos com eles.
Fruto de um amor de tamanho não mensurável, este meu pequeno amigo e fiel escudeiro tinha o que se pode chamar de carisma. Uma altivez de olhar. Uma paz nos olhos que deixava quem o fitava com expressão de alegria e carinho imediato. Todos queriam abraçá-lo e cobrir de carinhos e afagos. Calmo e com sua eterna linguinha para fora e ao lado esquerdo, Thorzinho nos alegrava. Ele porém, adquirira com o avançar dos anos, 7 para 8, uma displasia motora na perna esquerda, que arrastava. Muito provavelmente de dor. Mas ele nobremente, não reclamava, nem chorava. Muito forte este velhinho. Mas tudo corria bem, não bastasse a perna, quando percebi que começou a rejeitar a ração que fornecia diariamente com todo carinho. Ele, velho glutão, estava rejeitando um prato tão bom? Algo estava errado. E ao desconfiarmos, a veterinária da casa, levando-o à clínica possibilitou nefasto diagnóstico, câncer nos pulmõezinhos. Ele já arfava, sem forças para respirar normalmente. Teve que ficar no hospital para um pernoite e para nosso quase desespero chorou bastante. Foi difícil deixá-lo por lá. Ele não queria ficar e nos olhava com aqueles olhos pedindo: Me levem daqui meus pais!!! Foi para nós uma grande tristeza. E mesmo com o clamor dos amigos que dele cuidam, o médico orientou, deem carinho e tratem com remédios e analgésicos, pois o quadro somente vai piorar e não tem jeito. Comprou-se latinhas de ração em pasta para facilitar a ingesta, pois sem dentes ele já quase estava. E uma metástase enorme foi descoberta próxima ao pescoço. Novo sofrimento.
Todos os dias à noite recebia a roupinha de lã, entrava pela porta e ia acompanhar a feitura do café da manhã. Parece que queria desfrutar de qualquer tempo disponível da companhia humana.
Foi muito amado. No dia em que sua saúde piorou demais, foi encaminhado depressa à clinica, mas ninguém suportaria ter que decidir se seria necessário abreviar tamanho sofrimento. Ao receber a injeção da anestesia para reduzir a dor, ele muito fraquinho se foi. Partiu silenciosamente, sem dor, para o mundo espiritual. Vai levar muito tempo para cessar esta dor. Mas como Chico Xavier nos orientou os animais domésticos, principalmente os cães, são muito apegados aos homens para aprender e evoluir. A qualquer encarnação poderão retornar como humanos. Vejam como alguns parecem que nos compreendem e praticamente se comunicam conosco.
Lembro dele sentadinho. Nos olhando. Suave.
As perdas são sempre dolorosas Mas as vezes é libertação. Ele está livre. Sem dor. Leve. Ele está flutuando, sem o invólucro da carne, caminhando rápido sem as amarras da perninha doente e do câncer cansativo. Latindo e provavelmente auxiliando, sua amiga Jade, uma linda doberman, muito doce, contrariando o que se conhece destes cães, mas que está recém operada de um tumor no pescocinho.
Ele já deve estar se preparando. Um dia irá voltar. E ficará conosco de novo. Hoje mesmo, duas pessoas viram o espírito dele. A tia dele o viu frontalmente ao sofá, caminhando para a porta onde ficava sempre no tapetinho. Outra pessoa, a mãezinha dele, o viu caminhando da cozinha para a casa da amiguinha dele, a Jade, de tantos anos. Talvez para ver como ia o curativo dela.
O amor de bicho é diferente do nosso. É puro. Não cobra. É fiel. É inocente.
Thor, nosso neguinho, nosso filhinho, você é muito amado !! Nunca lhe esqueceremos!
Volte, mas evolua. Estaremos te esperando!
Namastê !
Ainda que a prova te pareça invencível ou que a dor se te afigure insuperável, não te retires da posição de lidador, em que a Providência Divina te colocou. Sê otimista e diligente no bem, entre a confiança e a alegria, porqie, enquanto o envoltório de carne se corrompe pouco a pouco, a alma imperecível se renova, de momento a momento, para a vida imortal.
FONTE VIVA
FONTE VIVA
Nenhum comentário:
Postar um comentário