O termo que significa "Passagem" representa
para muitos a crença no início de um novo ciclo. Para as civilizações antigas
da Europa, a Páscoa era o tempo conhecido como o e fim do inverno
e começo da primavera., época boa para colheitas, Para muitas religiões representa
o tempo de renovar a fé e muitas comemorações. Contam algumas lendas que a
tradição dos ovos de Páscoa vem do conceito do início de vida,
representada pelo ovo. Há muito tempo eles eram pintados e
presenteados aos amigos, sempre na primavera, como sinal de
renovação. Uma forma atual e bem brasileira de comemorar a Páscoa é reunir
a família, para um almoço, normalmente no cardápio tem peixe e
bacalhau.
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar ovos
de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha
para celebrar a data. A tradição de presentear com ovos – de verdade mesmo
– é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de
anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza –
lá eles têm até nome, pêssanka –
em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e
os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos
outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los
coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas. Mas os ovos não eram para
ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A
tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da
Europa. Eles celebravam Ostera,
a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que
segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade,
pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do
ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus – o Concílio de Nicéia, realizado em325, estabeleceu o culto à data.
Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com
imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do
século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924)
costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa.
Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800
anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate – iguaria que
aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta
América. Surgido por volta de 1500
a .C., na região do golfo do México, o chocolate era
considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. A imagem do coelho
apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande
prole.
Na antigüidade os egípcios
e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os
amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os
persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.
Em alguns lugares as crianças montam seus próprios ninhos e
acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos. Em outros, as crianças
procuram os ovinhos escondidos pela casa, como acontece nos Estados Unidos.
O chocolate
Essa história tem seu início com as civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o
chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas usavam-no como moeda.
Na Europa aparece a partir do século XVI, tornando-se popular
rapidamente. Era uma mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois
juntada com água, mel e farinha. O chocolate, na história, foi consumido como
bebida. Era considerado como alimento afrodisíaco e dava vigor. Por isso, era
reservado, em muitos lugares, aos governantes e soldados. Os bombons e ovos, como conhecemos, surgem no século
XX.
O Coelho da Páscoa
A figura do coelho
está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal
representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes
quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores
condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No
Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de
novas vidas.
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos
da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se
com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites,
jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos
imigrantes alemães, entre o final do
século XVII e início do XVIII.
Curiosidades
Os ovos de
Páscoa mais famosos do mundo nem são ovos de comer: um joalheiro russo, Carl Fabergé,
fez seus ovos de ouro, prata e pedras preciosas. Abertos, revelavam pequenas
imagens de pessoas, animais, plantas ou prédios, e eram dados como presentes
pelo imperador russo aos amigos.
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